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Flexibilidade e home office estão no futuro das relações de trabalho, aponta estudo

Para consultores da Luandre, empregadores terão de desenvolver novas estratégias para motivar profissional independente

Em pesquisa realizada com mais de 10 mil profissionais de cinco países (entre desenvolvidos e em desenvolvimento), associada a uma consulta adicional a 500 profissionais de RH, a consultoria PWC identificou tendências de futuro para o mercado de trabalho até 2022. Eles traçaram 3 cenários, um deles chamado de Orange World, formado por pequenas empresas e profissionais independentes que trabalham em rede para atuar em projetos específicos. “O profissional que atua por projetos pode ser visto como um profissional empreendedor, pois de certa maneira, será dono do próprio negócio”, explica Juliana Hirata, consultora de Recursos Humanos da Luandre.
 
Focada na flexibilidade e uso da tecnologia, a tendência detectada pela consultoria multinacional visa minimizar custos fixos ao mesmo tempo em que proporciona aos profissionais maior controle sobre suas carreiras e rotinas. Para conseguir sucesso no novo modelo, tanto empresas quanto colaboradores precisarão se adaptar. “O profissional será movido a desafios e por busca de resultados, além de ser apaixonado pelo que faz. Por isso, é necessário instigá-los com recompensas ou remuneração variável agressiva”, diz Juliana. Neste sentido, a pesquisa da PWC revelou dados interessantes:
 
·         3 de cada 5 pessoas ao redor do mundo acreditam que o mundo tradicional do trabalho, como conhecemos hoje, não existirá mais no futuro. Em seu lugar, as pessoas serão suas próprias marcas e venderão suas competências a quem necessitar.
 
·         46% dos profissionais de RH esperam que ao menos 20% de sua força de trabalho venha de terceirização ou contratos temporários.
 
·         Ter a oportunidade de tomar controle da sua carreira, decidir o que fazer e quanto, é o que 29% dos entrevistados mais desejam de seu emprego.
 
·         Quando perguntados o que irá alterar de forma mais significativa a forma como as pessoas trabalham nos próximos 5 a 10 anos, a resposta mais selecionada, por 53% dos entrevistados, foi “inovações tecnológicas”.
 
Dentro deste cenário de tendência, algumas questões importantes surgem para o segmento de recursos humanos. Por exemplo, como motivar e acompanhar profissionais que trabalham por projetos ou de maneira remota, já que o funcionário não terá um vínculo direto com a empresa. “A saída para a empresa pode ser o estabelecimento de desafios como metas de desempenho e bonificá-lo a partir disso”, completa a consultora.
 
De certa maneira, as relações de trabalho tendem a sofrer um impacto positivo com a mudança que se desenha para os próximos anos. “As empresas estão descobrindo que esta forma de trabalho pode ser mais rentável e sustentável, já que há diminuição de custos e gastos em relação à infraestrutura”, aponta Juliana. Trabalhar de casa ou de maneira mais flexível exige responsabilidade e disciplina, mas para os colaboradores, pode ser a oportunidade de melhorar a qualidade de vida. “O funcionário tende a equilibrar melhor o trabalho com a vida pessoal, o que reflete positivamente na motivação e no comprometimento que terá com os resultados da empresa”, finaliza.
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