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Intenção de investimento aumenta entre os empresários

Empreendedores alocarão recursos em seus próprios negócios para aumentar as vendas, adaptar a empresa a nova tecnologia e criar novas processos para diminuir custos e despesas

A intenção dos empresários em investir em seus próprios negócios aumentou em dezembro de 2017 em relação ao mês do ano anterior ao marcar 35,1 pontos, como mostrou o Indicador de Propensão ao Investimento no próprio negócio. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em dezembro de 2016 essa pontuação foi 26,2 em uma escala que vai de zero a 100.

O número também ficou acima do observado em novembro (31,0 pontos). Segundo SPC Brasil e CNDL, o resultado de dezembro foi o maior desde o início da série, em maio de 2015.

Segundo a pesquisa, apesar da pontuação ter aumentado, o número de empresários que pretendem investir é baixo (29%). Em novembro esse percentual chegou a 28%. A quantidade de indecisos aumentou ao passar de 6% para 15% e aqueles que não investirão passou de 64% para 53%.

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A principal razão entre as pessoas que não pretendem investir é por não considerarem necessário (48%). Para 26%, ainda pesa a percepção de que o país não saiu da crise. Além desses, 13% dizem que investiram recentemente e que estão aguardando retorno.

De acordo com o levantamento, entre os que pretendem investir, a maior parte (47%) tem como objetivo o aumento de vendas, além da adaptação da empresa a nova tecnologia (13%), do atendimento da demanda que aumentou (13%) e da economia de recursos (9%).

Entre os que planejam investir, as medidas mais comuns serão a reforma da empresa (27%), a ampliação de estoque(23%), a aquisição de máquinas e equipamentos (20%), investimentos em mídia e propaganda (13%) e a ampliação de portfólio (13%).

O capital próprio será a escolha de mais da metade dos micro e pequenos empresários que planejam investir nos próximos três meses, seja por meio de aplicações que possuem (48%) ou resultante da venda de algum bem (13%). Os que vão recorrer a empréstimos e financiamentos em bancos e financeiras são 17% dos entrevistados.

O indicador mostrou ainda que a intenção de contratar crédito também subiu em dezembro de 2017, tanto na comparação mensal quanto na comparação anual. O Indicador de Demanda por Crédito dos Micro e Pequenos Empresários alcançou 17,9 pontos. Em dezembro de 2017 eram 12,3 pontos e em novembro, 12,9.

Mesmo com o avanço, os dados mostram que apenas 11% desses empresários têm a intenção de contratar créditopelos próximos três meses. Os que não pretendem tomar recursos emprestados somam 74% da amostra, ao passo que 13% estão indecisos.

“A intenção de contratar crédito fica abaixo da intenção de investir, evidenciando o fato de que muitos desses investimentos são viabilizados com capital próprio”, afirma Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

De acordo com as entidades, entre aqueles que não pretendem contratar crédito, a principal razão é o fato de conseguir manter o negócio com recursos próprios (36%). Outros 27% citam as altas taxas de juros e 14% estão inseguros com as condições econômicas.

A pesquisa mostra também que 38% dos micros e pequenos reconhecem o alto grau de dificuldade em obter crédito. Entretanto, outros 20% disseram que a contratação é fácil. O excesso de burocracia (46%) e juros altos (42%) são as principais razões para quem vê entraves na contratação de crédito.

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